Rose é ex-técnica de enfermagem. Está presa em uma penitenciária provisória para mães. Lá dentro, ela cuida, assiste, acolhe.
Ajuda outras mulheres a parirem, a suportarem o peso dos dias, a resistirem dentro das celas. Mas um dia, durante um jogo da Seleção, ela encontra um molho de chaves esquecido. E o impossível se abre.
Parto Pavilhão é um solo arrebatador inspirado em fatos reais: a fuga de nove mulheres com seus bebês da CPP Butantã, em 2009. Em cena, Aysha Nascimento encarna Rose — mulher, cuidadora, detenta, símbolo de afeto e insubmissão.
Com dramaturgia de Jhonny Salaberg e direção de Naruna Costa, a montagem constrói uma narrativa de resistência onde o real e o poético se entrelaçam.
A obra parte do conceito de leveza de Italo Calvino como ferramenta estética: como falar da dor sem reforçar a opressão? Como tornar a denúncia um gesto de criação?
A resposta está no corpo de Rose, que desorganiza a lógica do cárcere com afeto, cuidado e utopia.
Parto Pavilhão é denúncia, mas também é milagre. É relato de guerra, mas também é semente de liberdade.
Idealização e dramaturgia: Jhonny Salaberg
Direção: Naruna Costa
Atuação: Aysha Nascimento
Musicista em cena: Reblack
Cenografia e figurino: Ouroboros Produções Artísticas
Luz e operação: Gabriele Souza
Som e operação: Tomé de Souza
Produção executiva: Washington Gabriel
Realização: Associação Cultural Corpo Rastreado
Melanina Acentuada Produções | 2025