MINISTÉRIO DA CULTURA E NOVELIS APRESENTAM:

MELANINA

Melanina Acentuada Festival - Ano Vi

festival

melanina acentuada

ANO VI

23 - 28 Julho Salvador - Bahia

MACACOS

Montagem que traz em cena apenas o ator Clayton Nascimento e um batom que trata sobre a urgência da vida negra no Brasil. O preconceito contra os povos pretos é abordado em cena a partir do relato de um homem-preto que busca respostas para o racismo que rodeia seu cotidiano através da História do Brasil.

MACACOS é um espetáculo sobre a estruturação do racismo e do apagamento das memórias e ancestralidades negras que estão enraizadas neste país. O espetáculo se coloca em cena a partir do relato de um homem negro em busca de outros espaços para ocupar diante do adjetivo MACACO, que nomeia a obra, a fim de refletir sobre esse adjetivo que é o mais usado como xingamento ao povo negro no mundo.
A peça trata sobre episódios da História Geral do país, até chegar aos relatos e estatísticas das mães e famílias dos jovens negros presos ou executados pela polícia militar no Brasil de 1500 até 2021. Os questionamentos desse homem negro convidam o público a pensar e debater sobre os preconceitos mascarados, que existem na estruturação e no cotidiano brasileiro.

MACACOS começou a se desenvolver no ano de 2015, passando por diversas cidades como: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Ceará, Pernambuco, Brasília e Amazonas, chegando em São Paulo no ano de 2020.

A Cia do Sal é uma companhia que surge na ocasião da estreia da peça “MACACOS” em 2016. O grupo hoje é formado por atores e atrizes pesquisadores da cena, vindos da Escola de Arte Dramática USP – EAD, Escola Livre de Teatro de Santo André – ELT e Célia Helena. A Companhia é formada por negros, brancos, trans, gays, héteros, paulistanos, cariocas e nordestinos que pesquisam seus anseios dentro do coletivo. A principal ideia é contar junto ao povo, fatias e memórias da nossa história. Já recebeu diversas premiações e indicações de festivais do país como: XX Festival em Cena, XIV Fesq, VIII Festival de Teatro do Amazonas e FESTIC – Caruaru. O nome da Cia do Sal, provém da significância que a palavra sal tem na vida das pessoas. O sal tem forte presença na formação e no surgimento do corpo humano. Mas não somente. Nos escambos escravagistas foi moeda de troca por seres humanos e figura marcante nas poesias que narram a dor e a morte nos navios negreiros. Sal dá origem à palavra “salário” e Brecht dizia: “O sal do suor do operário é o que tempera a comida do patrão”. Queremos este sal de volta às nossas casas, temperando agora, nossas comidas e de nossas crias. Outro ponto, é que o sal é uma condição única para a existência de seres vivos, portanto nasce mais um desejo da Cia do Sal: que o teatro e as artes sejam condições básicas para que nos reunamos, para que estejamos vivos e para que posamos fortalecer as nossas expressões vitais.

FICHA TÉCNICA

  • Interpretação, Direção e Dramaturgia: Clayton Nascimento
  • Direção Técnica e Iluminação: Danielle Meireles
  • Direção de Movimento: Aninha Miranda Spier
  • Operação de Luz: Preto Vidal | Cyntia Monteiro
  • Produção: Cia do Sal / Luanda Maciel